Acho que nunca estive tão alheio a uma eleição. A decepção vinha de tempos, por ter visto um governo que cometeu inúmeros erros – mensalão, cartões corporativos, etc – e nada aconteceu, tudo terminou em pizza. E ainda assim muitos foram reeleitos.
A minha decepção, portanto, vinha da falta de informação de quem votava.
Hoje posso dizer que, ainda assim, torci muito por Marina, que era o diferente em meio a tantos iguais. Fiquei extremamente feliz quando vi o resultado das apurações e ela figurou muito bem somando 20% da confiança dos brasileiros.
Brasileiros que votaram pela mudança e especialmente por terem acreditado em Marina, seja por questões ambientais ou por suas propostas. Não foi um voto de protesto, como o caso Tiririca, foi um voto na certeza.
E eu queria que essa mesma certeza fosse a base do segundo turno: é preciso conhecer seu candidato e não votar apenas porque alguém que você gosta o apóia.
Maluf apoiou Celso Pitta, o resultado disso todos conhecemos. Na TV Silvio Santos colocou Augusto Liberato no mesmo nível que ele, dividindo os domingos, seu grande dia. Também sabemos o final dessa história.
E não estou aqui fazendo campanha pra um ou pra outro, mas tratando da necessidade de conhecer os dois candidatos.
Hoje posso dizer que torci e votei em Marina. Sou livre, assim como todos os brasileiros, para escolher entre três opções no decisivo segundo turno: um ou outro candidato, assim como votar em branco.
Não acho bonito o fato de os candidatos ficarem a espera de uma posição de Marina. Se ela é tão fundamental assim como se pinta, então deveria ter sido eleita, não é verdade?
Marina foi fundamental no primeiro turno e agora se mostra como protagonista do segundo: Todos querem Marina Silva.
Só acho que é “tarde demais” para toda essa adoração.
E, como ela não é mais candidata, o único verde que resta é o da esperança: se o fato de Marina ter sido tão votada me surpreendeu positivamente, espero conquistar essa mesma surpresa no final deste mês, a surpresa de concluir que o brasileiro estava ciente do que fez e de que votou com a consciência de que é o responsável pelo futuro do país pelos próximos quatro anos.
Depois não adianta reclamar, sempre tem como ficar pior. Ah tem!
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