O grande equívoco de “Em Família” está na construção dos personagens
20 de maio de 2014
Em família foi um novelão na segunda fase. Além do bom ritmo, os personagens eram melhor definidos e delineados. Já na terceira fase, a maioria dos personagens individuais e dos casais que o autor nos apresentou foram mal construídos.
Helena é o rancor em pessoa. É bem sucedida, tem um bom marido, mas vive remoendo o passado. O público poderia até torcer por ela se tivesse certeza, por exemplo, de que realmente detesta o Laerte pelo que ele fez e que por isso é que não suporta a ideia dele ter um caso com a Luiza. Mas o autor não deixa isso claro. Ou seja, não sabemos se a Helena quer proteger a Luiza do Laerte ou se a Helena ainda ama intensamente o mala e por isso não aceita o romance dele com a filha.
Luiza é uma mimada, egoísta. A patricinha que é tão independente e sai de casa, mas continua sendo bancada pelos pais. E o pior de tudo: como gostar de uma personagem que está namorando um cara que enterrou o pai dela vivo? Se ela não soubesse, poderíamos dar um desconto, mas ela sabe. Cadê a consideração pelo pai?
O Laerte antes era agressivo, bem definido. Agora não é uma coisa nem outra. É um cara chato, egocêntrico e o pior: toca aquela flauta irritante, que me desculpem os flautistas. Brincadeira à parte com relação a flauta. Queria só saber como um mala daqueles atrai tanta mulher? Só na cabeça do Manoel Carlos mesmo. O Laerte para funcionar ou tinha que ser um cara do bem, disposto a reparar o que fez no passado ou ser um mau caráter, um bandido completo. Não é uma coisa e nem outra. Laerte e Luiza como casal, então, sem comentários, simplesmente um dos piores da história novelística. Não funcionam, não angariam torcida.
Clara e Marina. Tenho uma outra visão delas agora. De repente, quiseram mostrar como é difícil escolher entre o bom e o bom. Explico: Cadú é um cara bacana, a Marina também é bacana. A Clara gosta do Cadú, mas se encantou pela Marina. É uma escolha difícil. Difícil para a Clara porque o público escolheu o Cadú, que já estava com ela antes. Simples assim. Eu entendi só agora o que o Manoel Carlos quis, mas para atingir o grande público não foi um bom negócio. Para o público torcer por Clara e Marina o Cadú no mínimo tinha que ser um péssimo marido. Ajudaria também se eles não tivessem um filho que ainda é uma criança.
No momento, os casais mais simpáticos da novela são: Dona Juliana e Jairo, sim é isso mesmo, Dona Juliana e Jairo e Chica e Ricardo. Esse último casal eu particularmente torço muito por eles, mas não são do núcleo central, que para mim está perdido.
Para finalizar, e não transformar essa coluna em um livro, já que teria muito mais para relatar, quero analisar a Selma. Selma daria uma ótima megera. Vi um embate entre ela e a Helena e não consegui tirar os olhos, mas como se já não bastasse o tanto de gente doente que tem na novela, o Manoel Carlos resolveu que o melhor pra Selma é ser senil. Ela poderia render muito mais lúcida. Outro erro de construção, outro desperdício. Fico por aqui, um abraço a todos e até a próxima.
* Gilmar Moraes
Jairo e Juliana fucionam mas casal de mocinhos gosto de barbara e Andre
Vou no site so pra ver cenas deles
Cláudia Taissa
A novela toda é um equívoco.péssimos atores,história horrível s/ emoção.A solução é encurtá-la logo e adiantar a novela do Gilberto Braga, se a globo não quiser perder mais audiencia ainda.A sorte da globo é que a concorrencia no horário na tv aberta é muito fraco.