Conquistar o recorde mundial dos 100, 200 e 400 metros do revezamento só fizeram com que o sonho de uma medalha olímpica aumentasse para Terezinha. “O que me interessa é a próxima medalha, que vai ser ali no Rio, e eu quero torcida!”, vibra a esportista, que também comentou a visibilidade que espera para o evento paralímpico. “Essa visibilidade vai vir, pelo menos estamos torcendo para que esse reconhecimento seja um dos legados que essa Paralimpíada venha deixar”.
Verônica Hipólito não poupou elogios à companheira na entrevista. “Quero seguir uma carreira igual à da Terezinha. A minha categoria é diferente, mas quero ser a atleta mais veloz do mundo e quem sabe um dia eu e a Terezinha poderemos competir juntas”.
O velocista Vinicius Rodrigues também marcou presença na atração e relembrou o acidente que o fez perder a perna aos 19 anos, num momento em que ele sonhava em seguir a carreira militar. “Depois que me reabilitei, com quatro meses eu comecei a andar, no quinto mês comecei a correr e no sexto mês me mudei para São Paulo, onde iniciei essa carreira profissional no atletismo. Comecei a participar dos campeonatos e hoje estou treinando na seleção”, comemorou o jovem. Ele ainda revelou que as pessoas encaram seu desempenho com certa ‘surpresa’. “Quando a pessoa vê o deficiente ser mais eficiente que ela, ela fica constrangida. Chego na academia e começo a correr numa esteira e percebo que o pessoal fica surpreendido com a nossa performance”.
Ao final da atração, Mariana recebeu MC Léo, funkeiro que compôs a música dos Jogos Olímpicos do Rio, ‘Alma e Coração’. “A intenção era fazer uma música que tocasse em qualquer lugar, que não tivesse uma porta que se fechasse. É uma música universal, sempre gostamos de mandar esse som de motivação”, explicou ele.