Psicose, fundamental para quem quer entender Bates Motel

Assisti dois episódios da série Bates Motel e senti a necessidade de assistir Psicose, de Alfred Hitchcock. Para mim, um filme do tipo “só ouvi falar, nunca assisti”.

Mas como entender uma série com personagens tão complexos se baseando apenas em “achismos”?

Bates Motel mostra o passado de Norma e Norman, enquanto Psicose trata do futuro da dupla. Quer dizer, o futuro de Norman Bates.

Em Psicose Norman diz que o pai faleceu quando ele tinha cinco anos e “o cara” que esteve com sua mãe em seguida lhe instruiu a comprar um motel, mas “faleceu”.

Na série fica meio que no ar a dúvida: Norma matou o marido para ficar com o seguro?? O outro filho dela também desconfia, e a ameaça por isso. Aliás, Dylan não é citado no longa.

Esse pensamento sobre o passado de Norma vem a tona após ela tirar a vida do antigo dono do motel. Foi fria, calculista, especialmente por não querer levar o caso a polícia, mesmo se tratando de legítima defesa.

Medo do que? De investigarem seu passado? E aí que ela começa a sair com o delegado para meio que limpar sua barra, desviar a atenção.

E esse ideia de usar as próprias mãos é transmitida para Norman, que já queria enfiar a faca no irmão.

Em Psicose fica evidente o quanto a mãe o influenciou. Quer dizer, o filme não trata exatamente disso, mostra apenas a loucura de Norman, que se passa pela mãe assassinando quem faz com que ele se sinta ameaçado, mas faz isso se vestindo de Norma. Tem dupla personalidade.

Norman matou a mãe por ter se envolvido por alguém que ele não gostava.

Na série sim evidenciam essa culpa da mãe.

A questão é que estou gostando muito mais do desenvolvimento da série que de Psicose. Não é um filme ruim, até vi muitas qualidades em se tratando de uma produção da década de 60. Mas é um pouco arrastado.

Deixo claro que essa é a visão de alguém que viu o filme agora, em 2013. Imagino, ao mesmo tempo, o impacto que deve ter causado lá atrás, quando não tínhamos essa sensação de que é “arrastado”.

Hoje sim temos essa ânsia por acontecimento atrás de acontecimento, tudo ao mesmo tempo.

Não a toa é o 11º melhor filme de todos os tempos e o melhor do gênero horror pela revista Entertainment Weekly.

Segundo a Wikipedia, no site  Rotten Tomatoes, que reúne críticas de cinema do mundo inteiro, Psicose quase atingiu a perfeição: ganhou 99% de aprovação.

Vale conferir, afinal, é um clássico, e tira muitas dúvidas a respeito de Bates Motel, a sensação do momento!

3 comentários em “Psicose, fundamental para quem quer entender Bates Motel”

  1. Nem me interessei por essa série. Psicose para mim basta e muito. Não sei porque insistem em mexer com um filme tão perfeito. Ainda bem que esqueceram aquele copiar/colar que fizeram em 1998. Psicose arrastado? Sério?
    Endrigo, você contou o filme todo. Para quem viu ainda (falha grave) foi um enorme spoiler.
    Já vi Psicose incontáveis vezes. Adoro também a trilha sonora.

  2. Pôxa Ricardo, assim fica difícil, nem um filme de 1960 eu posso comentar por causa de spoiler? rs

    Coloquei arrastado entre aspas exatamente pq não é tanto assim, se fosse um pouquinho mais ágil estaria mais a meu gosto. Mas é o que eu disse, eu não poderia esperar algo diferente em 1960. Pro período em que foi feito, é ótimo!

    Eu de você assistiria Bates, é sensacional!

  3. Psicose é sensacional. Ainda mais se pensarmos que tem muitos filmes e séries por ai que foram influenciados por este clássico.
    Bates Motel tem os dois primeiros episódios ótimos, mas perdi um pouco o gás no 3 e 4, mas continuo gostando.

    Quem for encarar Bates Motel, veja Psicose, mas veja o original, esqueça o remake.

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