Faz algum tempo a Globo trocou a direção do Zorra Total que passou a ser só Zorra, em nome de uma renovação que o programa realmente precisava. O humorístico se renovou, não se tornou tão engraçado, mas o resultado foi interessante: as esquetes levam os telespectadores a pensar.
Para uma noite de sábado o programa está muito bem. O público aceitou as mudanças. Parecia tudo certo, pois é, parecia, no passado, porque nesta semana o jornalista Flávio Ricco publicou em sua coluna que a Globo promoverá uma dispensa de vários atores veteranos do programa. São eles: Toni Tornado, Anselmo Vasconcelos, José Santa Cruz, Antônio Pedro, Isio Ghelman, Nizo Neto, Bernardo Schlegel, Tadeu Melo, Renata Ricci, Renata Tobelem, Cris Pompeo, Claudio Cinti, Alexandre Regis, Roberto Guilherme, entre outros. Essa dispensa será feita segundo a nota em nome de uma renovação normal que o programa passará. Fiquei estarrecido. Todos os atores citados se encaixaram muito bem no novo formato. Penso em duas hipóteses: má vontade dos novos responsáveis: Marcius Melhem e Mauricio Farias, com atores oriundos da era Mauricio Sherman, que dirigiu o programa por anos e o no caso dos mais idosos, vejo a mania da Globo em dispensar atores pela idade sem se importar que estão bons ainda e que fazem um trabalho digno, competente.
Segunda a nota esta renovação acontecerá na temporada de 2018. É triste ver isso acontecendo independente das hipóteses levantadas pois ambas são fúteis. Tanto a dispensa pela idade de uma parte do elenco e ou a dispensa porque faziam parte da outra direção é de uma mesquinhes tamanha. Se for no segundo caso é até pior porque não seria uma política da emissora, mas sim algo relacionado à panelinha mesmo, ao fato de dispensar aqueles que não fazem parte da nossa turma. O importante e o que deveria ser levado em conta é que o programa está funcionando e se está funcionando não há justificativa para essa troca em massa. Trocas pontuais são normais, mas não é o caso aqui. Fica a torcida para que mudem de ideia, mas depois da Globo dispensar atores com anos de casa, encostar o Jô, a esperança deles permaneceram não é muito grande. Por essas e por outras que podem falar o que quiserem do humor de A praça é do nossa do SBT, mas é louvável o que Carlos Alberto de Nobrega faz. O humorístico se renova com a entrada de novos atores mas não deixa de lado os talentos da terceira idade que ainda brilham no programa. Talento não tem idade. Os mais jovens são bem vindos, mas não é necessário, para entrada deles, excluir os veteranos. Há espaço para todos, basta a emissora querer este equilíbrio. Fico por aqui, um abraço a todos e até a próxima.
por Gilmar Moraes